Detesto descrições precisas e reencenações espertinhas de diálogos com travessão. Prefiro uma boa paráfrase. Tenho lido sobre experiencias de imigrantes na Dinamarca e sempre me perdem aí. Embarquei no texto e segui o barco com Godard, achei lindo ele querendo marcar-se como corpo nos últimos dias. Atiçou os dedinhos aqui também.
Sabe que eu em geral só vejo filmes do Godard sozinho, e quando o filme acaba saio correndo o mais rápido que posso porque não quero arriscar ouvir um comentário de ninguém. Porque, nessa hora, é quase certo escutar uma besteira. E besteira sobre Godard, não me responsabilizo por meus atos
O fusca era marrom. Um marrom bem feio, cor de carro que não existe mais.
Não me lembro de quase nada da entrevista, mas lembro bem do caminho até a casa do Caetano, que fizemos de fusca.
Uma vez o fusca pegou fogo, bem em frente ao Corpo de Bombeiros de Santa Teresa. Mas quem apagou o incêndio foi o motorista de um ônibus que vinha logo atrás. Ele usou seu próprio extintor (do ônibus) que era gigantesco. Não sei se os ônibus ainda levam esses extintores.
Como é bom não lembrar e dar esse trabalho para as palavras . Já as fotos roubam a alma e destacam um abajur no mundo de bambus. Viva a Tabu! Obrigada, David, pela escrita amolada no tempo .
E cada pedrada com luva de pelica que nem sei... Siga baixando a mao nesse teclado, David.
Seguirei!
Detesto descrições precisas e reencenações espertinhas de diálogos com travessão. Prefiro uma boa paráfrase. Tenho lido sobre experiencias de imigrantes na Dinamarca e sempre me perdem aí. Embarquei no texto e segui o barco com Godard, achei lindo ele querendo marcar-se como corpo nos últimos dias. Atiçou os dedinhos aqui também.
Sabe que eu em geral só vejo filmes do Godard sozinho, e quando o filme acaba saio correndo o mais rápido que posso porque não quero arriscar ouvir um comentário de ninguém. Porque, nessa hora, é quase certo escutar uma besteira. E besteira sobre Godard, não me responsabilizo por meus atos
gente, como eu aprendi com esse texto
☀️
O fusca era marrom. Um marrom bem feio, cor de carro que não existe mais.
Não me lembro de quase nada da entrevista, mas lembro bem do caminho até a casa do Caetano, que fizemos de fusca.
Uma vez o fusca pegou fogo, bem em frente ao Corpo de Bombeiros de Santa Teresa. Mas quem apagou o incêndio foi o motorista de um ônibus que vinha logo atrás. Ele usou seu próprio extintor (do ônibus) que era gigantesco. Não sei se os ônibus ainda levam esses extintores.
Logo depois, vendi o fusca.
Eu quase coloquei que era branco, o fusca. Acho que ainda arriscaria azul antes de marrom. Pra você ver o que é (ou não é) a memória
Como é bom não lembrar e dar esse trabalho para as palavras . Já as fotos roubam a alma e destacam um abajur no mundo de bambus. Viva a Tabu! Obrigada, David, pela escrita amolada no tempo .
Eu nunca lembraria do abajur ou dos bambus :-)
Salvei as fotos no meu celular. Maravilhosas!
Tudo tão bonito, que no e-mail salvei na pasta "Pessoal". Obrigado.
Eu que agradeço, Guto